A Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes de zero a 17 anos, realizou uma capacitação essencial com as profissionais do Centro de Referência da Infância e Adolescência Protegida (Criap) da Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma. O objetivo da ação, foi de preparar a equipe para lidar com situações delicadas de revelação de violência.
O encontro, que aconteceu na última sexta-feira (30) no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Próspera, reuniu a coordenação, orientadoras e facilitadores sociais do SCFV. A pauta principal foi a “Revelação espontânea”, um tema crucial para identificar quando crianças e adolescentes expõem atos de violência sofridos por eles mesmos ou por outras pessoas. A capacitação foi ministrada pela assistente social Aliene Barzotto, as psicólogas Clarissa Zaparolli e Thaise de Oliveira, e a enfermeira Talia Baldessar, todas especialistas do Criap.
A importância do preparo e do acolhimento qualificado
Para a coordenadora do Serviço de Convivência da Afasc, Ana Meller, é fundamental que a equipe esteja apta e preparada para oferecer o suporte necessário a crianças e adolescentes que são vítimas ou testemunhas de violência. “Essa formação nos dará respostas rápidas para as demandas do dia a dia. É crucial que nossas crianças e adolescentes recebam a garantia de que serão bem atendidas e terão todo o apoio necessário, para que não se tornem apenas mais um número nas estatísticas”, enfatiza Ana.
Criap: Um pilar na proteção de crianças e adolescentes
Mas, o que é o Criap? O Centro de Referência da Infância e Adolescência Protegida é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Sua missão é incentivar e apoiar estados e municípios a implantarem este equipamento como parte fundamental da rede de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.
A equipe do Criap atua levando cooperação material e técnica aos operadores locais. Isso garante o acesso a serviços especializados e, principalmente, a uma escuta qualificada e protegida para crianças e adolescentes, direcionando-os aos órgãos garantidores dos Direitos Humanos.
A escuta sensível que evita novos traumas
As profissionais do Criap reforçam a importância de um acolhimento empático e sem julgamentos: “A criança ou adolescente escolhe alguém em quem confia para revelar uma violência, algo que a incomoda ou um segredo que precisa ser compartilhado. Precisamos valorizar este momento. Quando escutamos com sensibilidade, empatia e respeito, sem julgamentos e questionamentos, evitamos que a dor seja revivida e gere novos traumas. A proteção das crianças e adolescentes é um compromisso de todos!”.
Além de participem da formação, a equipe também realizou sua parada mensal, onde produziram projetos e outras ações que serão desenvolvidas durante o mês de junho.
Texto: Milena dos Santos
Fotos: SCFV/Afasc